quarta-feira, 21 de março de 2012

Nova vida!

Depois de meses apenas estudando e trabalhando (e adoecendo de puro stress, mas isso não vem ao caso agora), entrei um uma fase totalmente diferente em minha vida! Finalmente colei grau (Licenciatura em Pedagogia), e agora estou morando no Rio de Janeiro, com o homem que amo.

Foi uma reviravolta tremenda organizar minhas coisas, fazer a mudança, e correr atrás dos detalhes da formatura.

Isso sem mencionar o processo de adaptação à esta nova cidade e novo estilo de vida, que pelo visto torna-se mais pesaroso na medida em que envelhecemos. Outra cultura, outras cabeças, outros valores.

É complicado ter que rever seus conceitos assim, de "sopetão". Nos momentos de conflitos de idéias, tenho segundos para avaliar se aquele conceito que está sendo discutido é realmente digno de ser defendido ou se é melhor abandoná-lo em prol da manutenção da paz e do relacionamento. Ai entra em questão a preocupação em não deixar de ser eu mesma, e a tentativa de manter todos meus valores e prioridades em um equilíbrio saudável. É complexo...

Apesar de estar agora em um "grau superior" (segundo o reitor da universidade), ainda sou a mesma pessoa, e luto para manter minha identidade e autenticidade. Até porque é muito fácil, quando se sai de uma cultura mais tradicional e bastante mais rígida quanto a do sul, e se muda para dentro de uma cultura mais "deixe estar" como a do Rio, se deixar levar pela convidativa praticidade de não se esquentar demasiadamente com as coisas. O que é preocupante, pois quando não nos policiamos, facilmente comportamentos viciosos se tornam parte de nossa rotina. Comer demais e dormir de menos, por exemplo, são bons exemplos disso. Mas o pior é quando se trata de questões mais subjetivas, como os relacionamentos interpessoais. Neste campo, a postura "deixe estar" pode trazer prejuízos irreparáveis. E eu me importo com isso.

Por outro lado, a ausência de certas cobranças sociais, como a de ser uma boa dona-de-casa mesmo trabalhando fora, traz uma enorme sensação de alívio e bem estar. Como não preciso "provar" que sou prendada, voltei a desenvolver meu gosto por certas atividades domésticas como cozinhar e bordar, pois agora elas são apenas hobbies, e não mais obrigação. Se o resultado for bom, maravilha! Se não for, deixe estar... Minha auto-estima agradece!

Um comentário:

  1. Tb sofri muiito pra me acostumar com a cultura carioca. Como boa gaúcha, tinha hora pra comer, e aqui eles comem qdo dá fome. Se está divertido na praia eles não param tudo porque tem que almoçar ou pq tem aula no dia seguinte. Ouvir música alta é normal, falar gritando tb e agir como se te conhecesse há milênios mesmo sem nunca ter te visto na vida é natural. Achava isso tudo muito estranho! Hahaha! mas agora, depois de 15 anos, já me habituei. Adoro almoçar às 15h da tarde, gosto de ir à praia qdo dá vontade, mas ainda não consigo agir com naturalidade perto de estranhos e falo tão baixo que sou quase inaudível. E isso que sou a que fala mais alto da minha família!

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